sexta-feira, 14 de agosto de 2009

POESIA TROVADORESCA

A poesia chamada trovadoresca (porque feita por trovadores), abrangendo Cantigas de Amigo, Cantigas de Amor e Cantigas de Escárnio e Maldizer, situa-se na Idade Média (séculos XII a XIV).

O poder criativo do homem medieval é testemunhado na edificação pela pedra de imponentes catedrais e, pela palavra de um movimento poético com belos e sentidos cantares cuja temática predominante é o amor e a saudade.

Reunida em Cancioneiros ( Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da Vaticana) a produção poética medieval compreende:

CANTIGAS DE AMIGO

As Cantigas de Amigo, de forma mais simples, apresentam-nos, em geral, a mulher integrada no ambiente rural: na fonte ou na romaria, lugares de namoro; sob as flores do pinheiro ou de avelaneira; no rio, onde lava a roupa e os cabelos ou se desnuda para tomar banho; na praia, onde aguarda o regresso dos barcos.

O trovador usa o artifício de falar como uma menina enamorada, do povo, que se dirige ao amigo ou amado, que fala dele à própria mãe, às irmãs, às companheiras ou ao Santo da sua devoção.

Estas cantigas são postas na boca de uma mulher solteira (sujeito poético), donzela, que exprime os seus pequenos dramas e situações da vida amorosa.

O paralelismo constitui a característica formal mais importante deste tipo de cantigas)



CANTIGAS DE AMOR

A Provença, a partir do séc. XI, foi o berço de um encantador lirismo, que concebia o amor como um culto.

Este lirismo difundiu-se na Península Ibérica nos séc. XII e XIII, dando origem à chamada Cantiga de Amor que segue o modelo provençal.

De carácter aristocrático dá expressão à coita de amor (raramente à alegria) fazendo do amor um preito de vassalagem à “senhor”.

Quem nestas cantigas fala é um homem (sujeito poético) que se dirige ou se refere a uma dona, oriunda de um estrato social superior ( residindo em ambientes palacianos).

O trovador imaginava a “dona” como um “suserano” a quem “servia” numa atitude submissa de “vassalo”.

CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER

O trovador satiriza (escarnece de alguém) de maneira velada ou directa, respectivamente.


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